Roubo Bilionário de Criptomoedas: Como Proteger Seus Ativos no Brasil

 Por Luciano Valadão

Técnicas Utilizadas por Hackers para Roubar Criptomoeda

Foto: Cryptographer - pexels.com

Com o boom das criptomoedas no Brasil, hackers, como o grupo Lazarus da Coreia do Norte, estão lucrando bilhões com ataques sofisticados, como o roubo de US$ 1,5 bilhão da corretora ByBit, noticiado pela G1 em 10 de abril de 2025. Esses criminosos combinam técnicas avançadas, de phishing a malwares, para explorar vulnerabilidades humanas e tecnológicas. 

Neste artigo o Empregos Top Brasil te explica as principais táticas usadas por hackers para roubar criptoativos e oferece um guia prático para proteger seus investimentos no mercado brasileiro. Saiba como manter suas criptomoedas seguras e fique um passo à frente dos cibercriminosos!

1. Engenharia Social: Manipulando a Confiança Humana

A engenharia social é uma das principais táticas dos hackers, conforme explicado pelo analista Aditya Das no artigo da G1. Essa técnica explora erros humanos para acessar sistemas e carteiras digitais.

  • Como funciona: Hackers se passam por figuras confiáveis, como recrutadores ou profissionais de TI, enviando e-mails falsos (phishing) ou links maliciosos. O grupo Sapphire Sleet, ligado ao Lazarus, distribui malwares disfarçados de ferramentas de videoconferência ou aplicativos de vagas de emprego.
  • Exemplo no Brasil: Um investidor pode receber um e-mail falso de uma corretora como Binance ou Mercado Bitcoin, induzindo-o a clicar em links que instalam malwares.
  • Impacto: Essa tática contorna até sistemas avançados, tornando essencial a educação em segurança cibernética.

2. Malware e Exploits de Software: Invasão Silenciosa

Malwares são ferramentas cruciais para roubar chaves privadas e credenciais de carteiras digitais.

  • Como funciona: Após infectar um dispositivo (via links maliciosos ou softwares desatualizados), o malware registra teclas (keylogging) ou redireciona transações para carteiras dos hackers.
  • Exemplo prático: No ataque à ByBit, o Lazarus Group usou malwares para acessar carteiras Ethereum, roubando US$ 1,5 bilhão. No Brasil, ataques semelhantes já atingiram usuários de corretoras como Foxbit.
  • Impacto: A irreversibilidade das transações blockchain dificulta a recuperação de ativos roubados.

3. Ataques a Infraestruturas de Blockchain: Alvos de Alto Valor

Corretoras e pontes blockchain são alvos frequentes devido à centralização de ativos.

  • Como funciona: Hackers exploram falhas em contratos inteligentes, APIs ou sistemas de autenticação. O ataque à ByBit envolveu a invasão de uma carteira Ethereum, possivelmente por credenciais roubadas.
  • Exemplo no Brasil: Vulnerabilidades em plataformas menores, como corretoras regionais, podem ser exploradas por hackers internacionais. O roubo de US$ 100 milhões da Harmony’s Horizon Bridge em 2022 é um exemplo global.
  • Impacto: Esses ataques causam perdas massivas, exigindo maior segurança nas plataformas.

4. Lavagem de Ativos Roubados: Escondendo o Rastro

Após o roubo, hackers usam técnicas para lavar criptoativos e dificultar o rastreamento.

  • Como funciona: Ativos são transferidos por milhares de endereços, misturados em serviços como Tornado Cash ou convertidos em Bitcoin. O FBI rastreou fundos da ByBit sendo espalhados por múltiplas blockchains.
  • Exemplo no Brasil: Criminosos podem usar exchanges menos regulamentadas para converter ativos roubados em reais.
  • Impacto: A lavagem impede a recuperação de fundos, financiando atividades ilícitas.

5. Infiltração de Longo Prazo: Paciência Criminosa

Hackers norte-coreanos são conhecidos por planejar ataques durante meses, infiltrando-se em organizações.

  • Como funciona: Eles se passam por trabalhadores de TI ou usam acessos internos para estudar sistemas. O ataque à JumpCloud em 2023, citado no artigo, envolveu esse método.
  • Exemplo no Brasil: Empresas de tecnologia ou corretoras locais podem ser alvos de hackers se não verificarem rigorosamente seus funcionários.
  • Impacto: A infiltração aumenta a precisão dos ataques, dificultando a detecção.
Imagem:Grok

Guia Prático: Como Proteger Seus Criptoativos no Brasil

Para evitar perdas, siga estas dicas otimizadas para investidores brasileiros:

  1. Use Carteiras Frias (Cold Wallets)
    • O que fazer: Armazene criptomoedas em hardware wallets (ex.: Ledger, Trezor) ou carteiras de papel, offline.
    • Por que funciona: Protege contra malwares e acessos remotos.
    • Dica para brasileiros: Compre dispositivos de fornecedores confiáveis, como revendedores oficiais no Brasil.

  2. Ative Autenticação de Dois Fatores (2FA)
    • O que fazer: Use 2FA em corretoras como Binance ou Mercado Bitcoin, preferindo aplicativos autenticadores ao invés de SMS.
    • Por que funciona: Adiciona uma camada extra contra invasões.
    • Dica para brasileiros: Evite salvar códigos 2FA em apps de mensagens como WhatsApp.

  3. Desconfie de Phishing e Links Suspeitos
    • O que fazer: Verifique e-mails e links antes de clicar. Evite baixar arquivos de fontes desconhecidas.
    • Por que funciona: Previne infecções por malwares, comuns em golpes de phishing.
    • Dica para brasileiros: Cuidado com promoções falsas em grupos de Telegram ou WhatsApp.

  4. Mantenha Softwares Atualizados
    • O que fazer: Atualize sistemas operacionais, navegadores e aplicativos de criptomoedas regularmente.
    • Por que funciona: Corrige vulnerabilidades exploradas por hackers.
    • Dica para brasileiros: Use antivírus confiáveis, como Kaspersky ou Bitdefender, disponíveis no Brasil.

  5. Evite Compartilhar Chaves Privadas
    • O que fazer: Nunca revele chaves privadas ou frases-semente, mesmo para supostos “suportes técnicos”.
    • Por que funciona: Impede o roubo direto de ativos.
    • Dica para brasileiros: Desconfie de contatos em redes sociais oferecendo “oportunidades de investimento”.

  6. Escolha Corretoras Confiáveis e Monitore Ativos
    • O que fazer: Use plataformas regulamentadas, como Mercado Bitcoin ou Foxbit, e ative notificações de transações.
    • Por que funciona: Corretoras confiáveis têm melhores defesas e monitoramento precoce detecta fraudes.
    • Dica para brasileiros: Consulte o Reclame Aqui para avaliar a reputação de corretoras.

  7. Invista em Educação Cibernética
    • O que fazer: Leia sobre ameaças cibernéticas em blogs confiáveis ou participe de cursos online.
    • Por que funciona: A conscientização reduz erros humanos, principal alvo de hackers.
    • Dica para brasileiros: Siga perfis no X, como @criptobr, para atualizações sobre segurança.

Conclusão: Proteja Suas Criptomoedas no Brasil

Os ataques do Lazarus Group, como o roubo de US$ 1,5 bilhão da ByBit, mostram a sofisticação dos hackers de criptomoedas. No Brasil, onde o mercado cripto cresce rapidamente, a segurança é essencial. Adotar carteiras frias, 2FA, monitoramento constante e educação cibernética pode proteger seus ativos contra ameaças. No Empregos Top Brasil, nosso objetivo é informar e capacitar as pessoas para navegar com segurança no universo cibernético.

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Fontes:

  • G1 Globo, “Hackers deixam Coreia do Norte bilionária com criptomoedas”
  • DW, “Hackers deixam Coreia do Norte bilionária com criptomoedas”
  • Época Negócios, “Hackers patrocinados pela Coreia do Norte roubam R$ 8 bilhões”
  • O Globo, “Maior furto de criptomoedas da história”

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